Carol Gattaz disputa o seu 3º Campeonato Mundial de Voleibol, em Arnhem, na Holanda, com a Seleção Brasileira Adulta Feminina

3º Mundial. O técnico José Roberto Guimarães conta com a presença da central Carol Gattaz para a disputa do Campeonato Mundial de Voleibol. A atleta do Itambé/Minas (Minas Gerais) vai para o seu terceiro torneio com a Seleção Brasileira Adulta Feminina e prova que a idade é apenas um número, já que possui 41 anos. 

Mais madura e vivendo excelente fase dentro e fora das quadras, sonha com mais uma medalha (foi prata em 2006 e 2010) e tem na motivação pelo título inédito e no amor por vestir a camisa do Brasil, os principais motivos para aceitar a convocação do técnico José Roberto Guimarães. A estreia da equipe é neste sábado, às 15h30 (de Brasília), contra a República Tcheca, em Arnhem, na Holanda.      

“Minha motivação é enorme. Será o meu terceiro Campeonato Mundial e tenho oportunidade de jogar efetivamente e ajudar a seleção. Já conheço bem o grupo. Mesmo renovado, ainda temos uma base que disputou os Jogos de Tóquio. Adoro estar com elas e me sinto parte desse time. Trabalho para chegar no Mundial na minha melhor forma. Quero ser um exemplo de liderança dentro e fora de quadra, dando o meu máximo sempre. Isso é o fundamental.”, diz Carol Gattaz, que foi medalhista de prata nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. 

No ano passado, Carol disputou a Liga das Nações e o Mundial pela seleção feminina – nas duas foi prata e entrou na seleção do campeonato como uma das melhores centrais. Na Superliga, liderou o Itambé/Minas na conquista do título. “Neste Mundial, acredito que a força do nosso grupo vai fazer a diferença. Estamos com muita vontade. Sabemos que é uma competição diferente, mais intensa, com vários jogos em um período menor. Vejo um grupo com muita vontade de vencer e chegar ao pódio”., analisa a central. 

Hobbies na carreira

Fora de quadra, Carol tem se cuidado para prolongar a carreira, mas a paixão pela música e o trabalho como comentarista aparecem no radar. No evento que marcou a despedida da oposta Sheilla das quadras, um dos momentos mais marcantes foi Carol soltando a voz em uma arena lotada com mais de três mil torcedores. 

“Esses são meus hobbies. Eu adoro música, mas nunca pensei em me profissionalizar, até porque não tenho essa voz toda! Gostaria de ter uma voz como a da Marilia Mendonça, que faz muita falta por aqui. Também gosto muito de trabalhar como comentarista, porque é algo que me faz ficar perto do vôlei, que eu tanto amo. É um futuro que não posso descartar, mas isso é só para daqui a alguns anos.”, garante.

José Roberto Guimarães destaca o comprometimento de Carol com a seleção brasileira e seu papel em uma equipe renovada: “A Carol é um exemplo para as jogadoras mais jovens. Elas estão vendo no dia a dia como ela executa os movimentos, como pensa e se dedica, e sua vontade de defender o Brasil.”, afirmou o treinador. 

Como preparação para o Mundial, a seleção feminina teve uma passagem pela Alemanha e disputou dois jogos-treinos e um amistoso contra as donas da casa. “Esse período de treinamentos e jogos contra a Alemanha foi muito importante para o grupo. Crescemos como equipe, passamos por dificuldades e vamos para o Mundial ainda mais fortes. Gostei muito da atitude que tivemos no terceiro jogo contra a Alemanha. Agora é pensar na nossa estreia contra a República Tcheca”, analisa Carol Gattaz.

O Brasil vai disputar o Mundial feminino com as levantadoras Macris e Roberta, as opostas Kisy e Lorenne, as ponteiras Gabi, Rosamaria, Pri Daroit e Tainara, as centrais Carol, Carol Gattaz, Julia Kudiess e Lorena, as líberos Nyeme e Natinha.

A seleção feminina está no Grupo D ao lado da República Tcheca, da Argentina, da Colômbia, do Japão e da China. As equipes se enfrentam dentro da chave e as quatro melhores se classificam para a próxima fase. O Mundial tem a chancela da Federação Internacional de Voleibol (FIVB, em inglês). 

Formato da competição

O torneio conta com a presença de 24 equipes que foram divididas em 4 grupos com 6 times. No A estão Bélgica, Camarões, Itália, Holanda, Quênia e Porto Rico. No B estão Coréia do Sul, Croácia, Polônia, República Dominicana, Tailândia e Turquia. No C estão Alemanha, Bulgária, Canadá, Cazaquistão, Estados Unidos e Sérvia. 

As quatro melhores se classificam para a próxima fase. A estreia é no dia 24, às 15h30 (de Brasília), contra a República Tcheca. Na segunda rodada enfrentam a Argentinas, na segunda-feira (26/9), às 13h30 (de Brasília). Depois, encaram a Colômbia, na quarta-feira (28/9), às 10hs de Brasília. Na quarta rodada, duelam contra o Japão na sexta-feira (30/9), às 14h15 9h15 (de Brasília). E fecha a primeira fase contra a China no sábado (01/10), às 9hs (de Brasília). 

Em 18 edições de Mundial, a seleção brasileira adulta tenta o inédito troféu. Além disso, o histórico mostra 3 pratas. Em 1994, quando foi sede, perdeu para Cuba por 3 x 0. sets Em 2006, no Japão. E em 2010, novamente na cidade japonesa. Nestes anos, perdeu para a Rússia por 3 x 2 sets, nas duas vezes. Há um bronze em 2014, na Itália, quando venceu as italianas por 3 x 2 sets. E tem também um quarto lugar, em 1998, no Japão.   

- Campeonato Mundial Feminino de Vôlei 2022

- Sedes: Holanda e Polônia

Local: Arnhem - Holanda

- Período: sexta-feira (23/9) à sábado (15/10) 

- Rodadas da primeira fase  

- Grupo D: Brasil, República Tcheca, Argentina, Colômbia, Japão e China

- 1ª rodada: Brasil x República Tcheca - sábado (24/9) - 15h30

- 2ª rodada: Brasil x Argentina - segunda-feira (26/9) - 13h30

- 3ª rodada: Brasil x Colômbia - quarta-feira (28/9) - 10hs

- 4ª rodada: Brasil x Japão - sexta-feira (30/9) - 14h15 

- 5ª rodada: Brasil x China - sábado (01/10) - 9hs


- Histórico do Brasil em edições de Mundiais  

- títulos não tem

- 3 pratas: em 1994, quando foi sede (perdeu para Cuba por 3 x 0); em 2006, no Japão; e em 2010, novamente no Japão. Em 2006 e em 2010 perdeu para a Rússia (3 x 2 e 3 x 2 sets)

- 1 bronze: em 2014, na Itália - venceu as italianas por 3 x 2 sets

- 1 quarto lugar - em 1998, no Japão  

- Fontes: Federação Internacional de Voleibol (FIVB, em inglês) e Confederação Brasileira de Voleibol (CBV)     

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