Comitê Olímpico do Brasil testará base da Vela em Marselha e do Surfe no Taiti para os Jogos Olímpicos Paris 2024
– Crédito da foto: Gabriel Baron/Comitê Olímpico do Brasil (COB)
- Legenda: A atleta Tatiana Weston-Webb (Porto Alegre/Rio Grande do Sul) é a única classificada do Surfe do Time Brasil para os Jogos Olímpicos Paris 2024, na França. A 33ª edição será nos dias 26 de julho a 11 de agosto de 2024. A competição tem a chancela do Comitê Olímpico Internacional (COI)
É hora de pensar nos detalhes para ter alguma vantagem. Neste 22/06 (quinta-feira), o relógio marca 400 dias para Paris 2024 e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) volta suas atenções, principalmente, para as duas bases que serão operadas pela entidade nos locais de competição mais distantes da capital francesa. Marselha, que receberá as disputas da vela, e Taiti, sede do surfe, contarão com bases do COB para oferecer a melhor estrutura de apoio aos atletas e, claro, buscando minimizar qualquer imprevisto que possa interferir no desempenho dos brasileiros. Tudo será colocado em prova nos eventos-teste oficiais de Paris 2024 para as modalidades nos meses de julho e agosto.
“Já fizemos alguns testes na nossa base em Paris com o vôlei e o taekwondo. Tudo em St Ouen já foi visto e aprovado. Agora vamos usar os eventos-teste da vela e do surfe para que possamos fazer com que as condições diferentes, peculiares que essas subsedes apresentam para nossa equipe, atletas e comissões técnicas se tornem uma vantagem competitiva para o Brasil. É uma ação fundamental para nós. Uma vez conhecida e testada toda a parte logística e técnica, podemos saber quais são os desafios que vamos ter para o ano seguinte”, analisou Ney Wilson, Diretor de Alto Rendimento do COB.
O evento-teste da vela, em Marselha, será o primeiro a ser realizado, de 04 a 17 de julho. Antes, as bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze, da 49er FX, fazem um período de treinos de 18 a 27 de junho em que já usarão a estrutura à disposição. O Brasil tem um clube contratado na cidade portuária no sul da França para servir de apoio para os atletas durante os Jogos, mas também como base de treinamento até 2024. É um espaço tanto para suporte dos barcos, quanto para a recuperação dos atletas. Não é a primeira vez que o COB usa a estratégia para a modalidade, que tem diversas questões específicas a serem pensadas visando um bom desempenho.
“Além da logística complicada tanto por causa do transporte, quanto pelo depósito e manutenção das embarcações, também há questões técnicas como marés, clima, temperatura da água, quantidade, período de maior incidência e direção dos ventos, velocidade que o barco pode atingir, formato dos treinamentos, a própria competição, como que a raia se comporta nessa época do ano. Enfim, são muitos detalhes que precisam ser considerados”, comentou Sebástian Pereira, gerente-executivo de Jogos e Operações Internacionais e Performance Esportiva.
Da mesma forma, o Comitê volta as suas atenções para o Taiti. O surfe, modalidade que, assim como a vela, conquistou uma medalha de ouro, de Ítalo Ferreira, em Tóquio 2020, segue com uma expectativa alta de pódio para o país. Teahupoʻo é uma vila na costa sudoeste da ilha do Taiti, na Polinésia Francesa, famosa por suas ondas gigantes, sendo uma das melhores esquerdas para a prática de surfe no mundo. Contudo, fica a 15.716 km distante da cidade-sede, um recorde de local de disputa mais longínquo.
“A própria arena se difere muito do que estamos acostumados. É uma venue no meio do mar, não é em terra firme. Então, não tem arquibancada na areia. Tivemos que procurar um espaço que fosse mais próximo da saída da areia para o pico onde as ondas vão acontecer. Um lugar super disputado entre os principais países do mundo na modalidade”, contou Pereira.
O evento-teste do surfe será a etapa da World Surf League (WSL) do Taiti, de 11 a 20 de agosto. A praia de Teahupo’o recebe etapas do Circuito Mundial desde 1999. Bruno Santos, em 2008, foi o primeiro brasileiro a levantar o troféu no local. Além dele, Gabriel Medina, em 2014 e 2018, e Miguel Pupo, no ano passado, foram campeões da competição da elite da modalidade no local.
“A gente está tentando deixar tudo 100% para quando chegar a hora. É muito importante para já sentir como vai ser no momento em que eu preciso ser a melhor atleta naquele dia. Agradeço ao COB porque, sem eles, a gente não conseguiria fazer isso. Acho que vai valorizar bastante a nossa participação na WSL”, disse Tati Weston-Webb, única surfista já classificada para Paris 2024 e atual número 5 do ranking mundial.
“Vamos testar a base praticamente com todos os surfistas com chances de representar o Brasil em Paris 2024. É uma etapa da WSL, que já está acostumada a operar eventos no local. Nossos surfistas também já estão acostumados a frequentar o local. Só que é um cenário completamente diferente, que são os Jogos Olímpicos. Vamos tentar replicar ao máximo todo o ambiente do mundo olímpico para deixar os atletas cientes do que vamos ter em 2024, tanto em estrutura do Time Brasil quanto em relação à competição nos Jogos Olímpicos propriamente dita”, completou Sebástian.
Trabalho árduo para que ventos e ondas estejam a favor dos brasileiros.
– Fonte: Comitê Olímpico do Brasil (COB)
– Texto e foto do Comitê Olímpico do Brasil (COB)
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